O desafio era este:
Isto não é mais do que uma espécie de exercício de escrita. Para nada em concreto, na verdade. Apenas pelo gosto de ler e escrever. E de o tentar em conjunto. Não se trata dum concurso para ver quem escreve melhor ou quem tem ideias mais giras. É uma espécie de colectânea temática duma quantidade de pessoas que, gostando de jogar a bola ou de dançar, também acham que é possível a gente divertir-se a escrever.
O desafio seria partir da descrição dum dia duma pessoa para chegarem onde quisessem. Poder-se-ia aproveitar para contar a estória da vida dessa pessoa ou apenas descrever esse dia em particular. Quem sabe para um tratado filosófico sobre as relações entre o medo e o desconhecido. Ou para um poema. Ou para outra coisa qualquer que eu nem estou a ver.
A ideia base é que cada personagem acabe esse dia na zona Foz do Douro, do lado do Porto, e, na altura do pôr do sol, repare que há dois sóis (??) a porem-se no horizonte. Tudo o resto é livre: quem é o personagem, de onde vem, como chega, que estórias carrega, …
Regras
– o ideial seria ter os textos prontos para revisão até meio de fevereiro. o que dá um mês e meio para escrever.
– ninguém tem que mandar só um texto. mas era imprtante que cada texto dissesse respeito a um personagem apenas.
– Não há limite mínimo nem máximo paras as coisas. No limite, dir-se-ia que pode ir de uma frase a dez páginas.
– o dia a descrever é um dos chamados dias úteis. Ou seja, não pode ser sábado, domingo ou feriado.
– o facto que todos os personagens testemunham ao fim do dia não pode ser referido. ou seja, pode-se descrever toda a gama de sensações que provoca, pode-se falar de “evento extraordinário”, por exemplo, mas não se pode referir o facto concreto de haver dois sóis a porem-se.
O resultado foi o Lápis Desafiado #1, que, a ainda existir, está à venda na CasaViva (Porto), na Gato Vadio (Porto) e na Casa da Achada (Lisboa). E que pode ser visto e/ou descarregado da net a partir daqui